Síndrome metabólica: o que é, sintomas e como tratar

A síndrome metabólica é um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, derrame e diabetes tipo 2. 

Essas condições incluem pressão arterial elevada, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura abdominal, níveis elevados de triglicerídeos e baixos níveis de colesterol HDL (o “bom” colesterol).

Abaixo, explicamos mais sobre a condição, principais sintomas e tratamentos que podem ajudar.

Afinal, o que é síndrome metabólica?

Então, vamos direto ao ponto: a síndrome metabólica não é uma única doença que você pega, como uma gripe. Pelo contrário, ela é como um “combo” de problemas de saúde que aparecem juntos.

Pense nela como um grupo de fatores de risco que aumentam, e muito, suas chances de ter problemas mais sérios no futuro.

Esses problemas incluem doenças do coração, como infarto, e também o temido diabetes tipo 2. 

Além disso, o risco de sofrer um AVC (derrame cerebral) também cresce bastante. Algumas fontes até mencionam que o risco de morte por doenças cardiovasculares pode ser mais de três vezes maior para quem tem a síndrome!

Frequentemente, essa condição também é chamada de Síndrome X ou Síndrome de Resistência à Insulina. 

Isso porque, em muitos casos, a raiz do problema está na forma como o corpo lida com a insulina, um hormônio essencial para controlar o açúcar no sangue. Quando há resistência à insulina, o corpo não consegue usar esse hormônio direito, e aí começam as complicações.

Quais são os sintomas e sinais da Síndrome Metabólica?

Um ponto importante sobre a síndrome metabólica é que, muitas vezes, ela chega de mansinho, sem fazer alarde. 

No entanto, isso não significa que não existam sinais aos quais devemos ficar atentos. Na verdade, o diagnóstico geralmente se baseia na presença de alguns fatores específicos.

Normalmente, os médicos consideram que você tem a síndrome se apresentar três ou mais dos seguintes critérios. Veja só:

Barriga saliente

Um acúmulo de gordura na região abdominal é um sinal clássico. Para homens, a medida da cintura costuma ser maior que 94 ou 102 cm, e para mulheres, maior que 80 ou 88 cm (os valores exatos podem variar um pouco).

Hipertensão (pressão alta)

De mesmo modo, se sua pressão arterial está consistentemente igual ou acima de 130/85 mmHg, ou você já usa remédios para controlá-la, isso conta como um fator.

Gordura no sangue (Triglicerídeos)

Níveis de triglicerídeos iguais ou acima de 150 mg/dL, ou o uso de medicação para baixá-los, também entram na conta.

Colesterol “bom” (HDL) baixo

Além disso, se o seu HDL está abaixo de 40 mg/dL (homens) ou 50 mg/dL (mulheres), ou se você toma remédios para aumentá-lo, é outro sinal.

Açúcar elevado (Glicemia)

Enfim, níveis de glicose em jejum iguais ou acima de 100 mg/dL, ou já ter o diagnóstico de diabetes tipo 2, completa a lista.

Além desses critérios principais, outros sinais podem aparecer, geralmente ligados às condições que formam a síndrome. 

Por exemplo, manchas escuras em dobras da pele (como pescoço e axilas), sintomas de diabetes (muita sede, urina frequente, cansaço) ou de pressão alta (dor de cabeça, tontura – embora mais raros) podem estar presentes.

Então, fique de olho!

Como tratar (e prevenir) a Síndrome Metabólica?

Felizmente, a síndrome metabólica é uma condição que podemos enfrentar e controlar! 

Embora não exista uma “cura” mágica, adotar as estratégias certas faz toda a diferença para reduzir os riscos e, principalmente, melhorar sua saúde e bem-estar geral. O foco principal está em mudar hábitos.

Primeiramente, a base do tratamento (e também da prevenção) está nas mudanças no estilo de vida. 

Sim, são aquelas atitudes que dependem muito da nossa força de vontade, mas que trazem resultados incríveis a longo prazo. Pense nisso como um investimento na sua saúde!

Alimentação equilibrada

Que tal colorir mais o prato? Nesse contexto, priorize frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. Gorduras boas, como as do azeite, abacate e castanhas, são bem-vindas.

Por outro lado, é fundamental reduzir o consumo de açúcar, gorduras ruins (saturadas e trans), alimentos ultraprocessados e sal em excesso. Uma nutricionista pode ser sua grande aliada nessa jornada!

Pratique exercícios físicos

O sedentarismo é um grande vilão. Tente incluir pelo menos 150 minutos de atividade física moderada (como uma caminhada mais rápida) na sua semana. 

Se puder, adicione exercícios de força, como a musculação, duas vezes por semana. Encontre algo que você goste!

Controle o peso

Perder aqueles quilinhos extras, especialmente a gordura acumulada na barriga, faz uma diferença enorme. Mesmo uma perda pequena, de 5% a 10% do peso, já melhora muito os indicadores da síndrome metabólica.

Outros hábitos essenciais

Parar de fumar é indispensável. Além disso, moderar o consumo de álcool, buscar formas de gerenciar o estresse do dia a dia e garantir boas noites de sono (7 a 9 horas!) são atitudes que complementam o cuidado.

Em alguns casos, no entanto, apenas as mudanças no estilo de vida podem não ser suficientes para controlar todos os fatores da síndrome. 

Porém, nesses momentos, o médico pode indicar o uso de medicamentos específicos. Eles podem ajudar a controlar a pressão alta, os níveis de colesterol e triglicerídeos, ou o açúcar no sangue.

Entender a síndrome metabólica é o primeiro passo para tomar as rédeas da sua saúde. Como vimos, ela é um conjunto de fatores que merecem atenção, pois aumentam o risco de problemas sérios.

No entanto, a boa notícia é que, com informação e as mudanças certas no estilo de vida, é totalmente possível controlar essa condição e viver com muito mais qualidade.

Lembre-se que pequenas atitudes no dia a dia, como escolher melhor o que você come, se movimentar mais e cuidar do seu bem-estar emocional, fazem uma diferença gigantesca.

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